Reza a lenda parisisense que primeira dama dos Estados Unidos, Michele Obama, esteve em Paris no auge da crise financeira global. Ela quis fazer compras em um domingo e alguém lhe avisou sobre a impossibilidade de encontrar lojas abertas, mesmo na movimentada Champs-Élysées.
Ela teria soltado “Mas como vocês querem recuperar a economia assim?” Existe uma certa dificuldade de se comprar na cidade, se você não está disponível entre 10 e 19h de segunda à sexta.
Hoje o jornal gratuito Daily Matin publicou uma pesquisa exclusiva, encomendada ao instituto CSA. O resultado surpreende: 66% dos franceses querem que as lojas abram aos domingos. E a pesquisa ainda traz um dado curioso: mesmo os franceses que se declaram de esquerda concordam que essa mudança é favorável.
Resta saber se os lojistas e pequenos comerciantes estão dispostos a arcar com os encargos trabalhistas, lembrando que a França é um dos países que mais levam a sério os direitos adquiridos.
Mas para os turistas e demais moradores seria uma das melhores notícias. Afinal, domingo também é dia de shopping (os franceses usam a expressão shopping – com a sílaba tônica no final – para expressar o ato de fazer compras).