Sala que leva seu nome completa 10 anos de atividade nesta terça, dia 23
Quem viveu em Uberlândia a cena cultural e boêmia das décadas de 1960 a 1990 lembra bem do nome Roberto Rezende. Ele acabou dando nome à sala de apresentações da Oficina Cultural de Uberlândia, que em 2014 celebra uma década de atividades. Para marcar a data, a Secretaria Municipal de Cultura realiza evento com exposição e sarau poético-musical nesta terça, 23 de dezembro, a partir das 19 horas.
Diretor, cenógrafo e agitador cultural, Roberto Rezende esteve sempre em destaque em espaços culturais memoráveis como o grupo Cinteartes, do Conservartório, o Teatro de Bolso, de Zeca Ligiéro, e o municipal Teatro Rondon Pacheco. Em todos estes locais, e em qualquer bar ou casa noturna onde se respirasse as artes cênicas, lá estava Roberto, com os seus questionamentos sempre muito lúcidos, com suas viagens sempre muito criativas, com seu amor, enfim, pelo teatro, pela música e pelos artistas.
Roberto Rezende, além de seu histórico como artista carregou também as dores de torturas sofridas durante o regime militar, quando foi preso por ser militante da União dos Estudantes Secundaristas de Uberlândia, a UESU. Em sua trajetória artística, participou, principalmente como colaborador nos cenários, de espetáculos e grupos históricos, como A Viagem de Um Barquinho, do Grupo da UFU, e A Casa de Bernarda Alba, do grupo Cinterartes, ambos dirigidos por Guilherme Abrahão. Em seus últimos anos de vida, dirigiu espetáculos como Mistério no Reino de Catirimpimpim, de Zeca Ligiéro, também com o Grupo Cinterartes, e Harold e Maude – Ensina-me a Viver, com o grupo Gruta, de Francisca Garcia de Souza, a Dona…..e muito mais.