Espetáculo estreia nesta sexta (15) no Teatro Municipal de Uberlândia, sob comando de um dos maiores diretores do Brasil, premiado por trabalhos no Teatro, na TV e no Cinema.
No dia 21 de junho de 1962 nascia um menino no Rio de Janeiro que estaria destinado a fazer história e contribuir muito para a cultura brasileira. Enquanto muitos garotos aos 12 anos brincavam de bola, ele brincava de fazer teatro, e o que era apenas uma brincadeira tornou-se profissão por paixão. O menino cresceu e vemos o seu nome em diversos jornais. Ernesto Piccolo, diretor de Doidas e Santas, começou sua carreira ainda na infância entrando para a escola de teatro, ‘Tablado’. Em 1981, estreava na novela Jogo da Vida, e com 23 anos começava a dar aulas de teatro para posteriormente acumular a função de diretor. Alguns dizem que ele é workaholic, pois dirige mais de dez peças ao mesmo tempo.
Na TV, Ernesto tem uma trajetória marcante também como ator. Atuou em mais de dez novelas e também fez seriados como “Carga Pesada” (2003), “A Diarista” (2003), e Casos e Acasos (2008). No Cinema fez mais de cinco filmes e ganhou prêmios importantes, como: “Melhor Ator” por “Açaí com Jabá”; “Melhor Ator” no Festival de Cinema de Brasília pelo curta-metragem “Como Ser Solteiro”, que também recebeu o Prêmio de Melhor Curta no Festival de Gramado em 1996; entre outros. Como diretor, iniciou seu primeiro trabalho em 1992 com o musical infantil “A guerrinha de Tróia”, pelo qual recebeu o Prêmio Coca Cola. Foi também quem dirigiu a aclamada peça “Divã” com Lilia Cabral, indicada duas vezes ao Prêmio Shell.
Em Uberlândia, Piccolo dirige Cissa Guimarães, Oscar Magrini e Josie Antello
Neste fim de semana, de sexta a domingo, a população do Triângulo Mineiro poderá prestigiar mais uma peça teatral dirigida por Ernesto: “Doidas e Santas”, comédia romântica sobre o poder transformador da coragem e do afeto. Na trama, Piccolo dirige o texto de Regiana Antonini que traz a história da psicanalista Beatriz, interpretada por Cissa Guimarães. Beatriz é uma mulher que vive as dificuldades da vida contemporânea e se desdobra para conciliar casa, trabalho e família.
Cansada dos problemas com Orlando (Oscar Magrini) um marido que está a cada dia mais distante e incompreensivo, a filha adolescente, e a mãe (Josie Antello) que resolveu dividir o mesmo teto com a filha e os netos, Beatriz decide mudar o rumo de sua história. Ela se separa do marido com o desejo de viver novamente o prazer da juventude. Mas de repente ela sente um vazio, é quando tenta descobrir onde está a tão sonhada felicidade. A peça dirigida por Ernesto é inspirada no livro homônimo de Martha Medeiros e como tantas outras coordenadas por ele, está fazendo muito sucesso. A encenação foi vista por mais de 200 mil pessoas e teve mais 400 apresentações em uma turnê por doze cidades.