Apresento a coleção Flanar, que Carlos Penna nos presenteia a partir de amanhã no Minas Trend.
É necessário parar pra pensar, ver com outros olhos, reouvir. Pensar de forma vagarosa pra entender, entender-se consigo. Demorar-se nos detalhes, para sentir, deixar o imediatismo de lado e sentir mais lentamente. Permitir-se a experiência, a possibilidade de algo acontecer ou te tocar. Requer uma ruptura temporal, gesto esse quase impossível nesses tempos corridos.
FLANAR. “Andar ociosamente, sem rumo nem sentido certo”, esse é o convite que a Carlos Penna te faz. Nos deslocamos, lhe oferecemos apenas o objeto, a matéria prima, e deixamos que ele se construa por suas referências, suas memórias, seus afetos, te oferecemos o sentido, a visão, o tato.
Deixar de ser espectador, interagir, sentir. São linhas, formas, argolas se entrelaçando, criando um sistema, uma engrenagem. Uma engrenagem ao seu olhar. Em parceria com a fotógrafa de auto-retratos Letícia Zica, as criações de Carlos Penna ganham interpretações vivenciadas. As peças tornam-se mais que objetos, e se transformam em experiências sentidas pelo corpo nu.
O metal, junto a pele, possui seu tempo para se acomodar e então, surge uma foto, que revela a interação do corpo/objeto, do real e irreal. Do sentido e do vivenciado. As fotos são um compromisso com o presente, e quem sabe com o futuro. Um futuro que implora calma, que pode ser explorado lentamente, a passos lentos.
Sobre o designer
Desde seu início, a Carlos Penna vem buscando novos caminhos para produção de acessórios. Marcada pela singularidade e pelo inusitado as peças trazem consigo uma história que ultrapassa os conceitos comuns do design.
Baseando-se no principio de que a peça não precisa ser necessariamente uma joia, a marca está sempre brincando com as possibilidades de formas, materiais, contextos e usos, criando com isso uma relação particular com os usuários. Isso se dá porque para nós a peça não se completa apenas no seu design, ela é além de tudo uma correlação entre o designer, objeto e usuário, que é parte fundamental no processo de significação da peça.
Desse modo a Carlos Penna se envereda no universo de possibilidades que o mundo oferece, resignificando materiais, ampliando o horizonte de historias e criando uma relação única com o usuário.
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